9/20/2007

Como foi a minha midseason

Damages - Excelente drama 'jurídico'. Sim, entre aspas mesmo. A temporada já passou da metade e até agora não houve nenhuma cena de tribunal. A série é muito mais centrada nos preparativos da coisa toda. É o tipo de programa que seria escrito por Gregory House, se ele fosse roteirista de TV. Todos mentem durante todo o tempo, com exceção da nova pupila da personagem de Glenn Close (que lembra um pouco a Cameron das primeiras temporadas). E falar da Close é chover no molhado. Suas 29 facetas apresentadas a cada episódio surpreendem a impressionam qualquer um. Como não poderia deixar de ser em uma série do FX, mocinhos e bandidos não são facilmente identificáveis. Todos tem algo a esconder. O suposto vilão da história (Ted Danson, em uma interpretação que vai te fazer esquecer que ele já foi ator cômico) em muitos momentos parece mais uma vítima da advogada interpretada por Close do que qualquer outra coisa. E o arco principal da história (o caso Frobisher) termina nesta temporada. Sem linguiças.

Californication - Nova empreitada de David Duchovny. E contrariando o bom senso, afirmo: é o papel da vida dele. Sempre achei ele um ator limitado, mas aqui a canastrice dele cai como uma luva. Seu Hank Moody sempre parece desligado, ausente. Mas isso é perfeitamente explicado tanto pelo 'sea of pointless pussy' que ele navega para tentar esquecer que sua ex e sua filha não vivem mais ele, assim como sua 'Californização', já que o personagem é de Nova York e se sente como um estranho no ninho em Los Angeles. E de bônus ainda temos muitos peitos a mostra. Quer coisa melhor?

Entourage - a quarta temporada foi bacana e tal, mas levemente inferior à terceira. A série abriu o Ano 4 com o excepcional Welcome to the Jungle, um documentário do (fictício) filme Medellin, com direito à diretor pulling out a Coppola e tudo. Os dois episódios seguintes a esse e os três últimos fizeram parte do arco principal da temporada, com direito a negociações de contrato, cachês, roteiros e outras coisas de Holywood. O miolo da temporada se distanciou dessa história, apresentando diversas histórias paralelas, que apesar de não acrescentar nada à trama, jamais deixam de ser divertidas. O agora bicampeão do Emmy Jeremy Piven não deve ganhar o terceiro troféu tão facilmente, já que ele não teve nenhum episódio centrado nele como Exodus e Manic Monday das temporadas anteriores, apesar de seu desempenho em Snow Job ser brilhante (mesmo a participação dele sendo coadjuvante).


6 comentários:

Anônimo disse...

Não sei, mas o piloto de Damages não me convenceu. Primeiramente pq a história não me fisgou. O cliffhanger do piloto foi foda, mas não fiquei com vontade de saber o que aconteceu. E quando isso acontece...já era.

Sobre Entourage eu sou muito suspeito para falar. Amo essa série, mas não achei inferior que a terceira. Mesmo que levemente. O Doug Ellin atingiu nesses 12 episóidos sua ápice criativa. E o Jeremy Piven tem aquele episódio que o filho dele não é aceito na escola e ele procura o diretor na casa dele. Eles conversam e o Ari até chora e tals. Mew, interpretação brilhante. Mas em Snow Job ele tava foda também!

Eric Fernandes
http://seriemaniacos.wordpress.com/

Juliano Cavalca disse...

Me esqueci do episódio da escola! Mas mesmo assim, sou mais o Ari Gold explosivo do que o Ari Gold emotivo.

Fiaes disse...

quero assistir as duas.

Felipe Rezende disse...

Merda, tenho que ver Damages.

Californication é aquela coisa. Nem lá nem cá. Mas os últimos episódios foram bons, parece que acertaram a mão. Aquela coisa de putaria deslavada e vômito com maconha foi só pra chocar no começo e render comentário.

Eu vi o Welcome to the Jungle e o diretor fazendo o Coppola foi o máximo. Mas ver tudo direitinho, fica pras próximas férias.

f. disse...

eu acho ofensivo dizer que Greg House (que é inagavelmente um dos personagens mais inteligentes, witty e "outside the box" da TV) seria capaz de escrever uma porcaria tão cheia de clichês e atochadas mirabolantes quanto esse piloto de Damages. que, por sinal, foi o único piloto na minha vida que eu parei de assistir na metade, de tão ruim e insulting à minha inteligência que foi. diálogos sofríveis, interpretações canhestras... two thumbs down (down the ass of the motherfucker who wrote it, btw).

but i love you anyway, juzinho... :-)

Juliano Cavalca disse...

nossa, fer. então acho que vc não vai gostar muito quando a close ganhar o jerry ano que vem.