12/31/2006

Cavalca's - Melhores de 2006 (Cinema)

E mais um ano chega ao fim. E esse humilde blog fará sua premiação própria de cinema. No caso, filmes lançados originalmente no Brasil em 2006, seja na tela grande ou nas locadoras (sim, porque se obras de cineastas como Joss Whedon e Rian Johnson não são exibidos nos cinemas, existe algo de MUITO errado com as distribuidoras nacionais).

A minha lista virá acompanhada com as notas. Apesar de ser meio auto-explicativo, vou traduzir o que elas significam:


5/5 - Obra-prima
4,5/5 - Excepcional

4/5 - Muito bom

3,5/5 - Bom
3/5 - Legalzinho
2,5/5 - Ruim

2/5 - Muito Ruim

1,5/5 - Muito, muito ruim

1/5 - Quero meu dinheiro de volta

0,5/5 - Vai tomar no cú




Em geral, eu costumo ser "bondoso" com as notas, há muito mais filmes acima da média do que abaixo. Isso acontece principalmente pelo fato de eu evitar o dito cinema-porcaria. Ou alguém aqui foi ver O Pequenino depois de saber que é do mesmo diretor de As Branquelas?

E vamos a lista (não coloquei nome dos diretores nem nada, mas no link ali à direita, tem a listagem de todos os filmes que vi no ano, ela posseui mais detalhes):




01. Munique (5/5)

02. A Ponta de Um Crime
03. Match Point (4,5/5)
04. O Segredo de Brokeback Mountain
05. Boa Noite e Boa Sorte
06. O Plano Perfeito
07. Os Infiltrados
08. Filhos da Esperança
09. Volver
10. Serenity - A Luta Pelo Amanhã

11. A Última Noite
12. V de Vingança
13. Uma Verdade Inconveniente
14. Caché
15. Eu, Você e Todos Nós
16. Três Enterros
17. Piratas do Caribe 2: O Baú da Morte
18. Superman - O Retorno
19. Happy Feet - O Pinguim
20. O Homem-Urso

21. A Marcha dos Pingüins
22. 007 - Cassino Royale
23. A Criança
24. Carros (4/5)
25. Soldado Anônimo
26. Pequena Miss Sunshine
27. A Dália Negra
28. A Lula e a Baleia
29. A Loucura de Mary Juana
30. Orgulho e Preconceito

31. Vôo United 93
32. O Novo Mundo
33. Capote
34. A Casa Monstro
35. Missão Impossível 3
36. Os Sem-Floresta
37. O Sol de Cada Manhã
38. Wolf Creek
39. Vale Proibido
40. A Era do Gelo 2

41. Transamerica
42. Syriana (3,5/5)
43. Miami Vice
44. Last Days
45. O Matador
46. Obrigado Por Fumar
47. A Dama Na Água
48. O Diabo Veste Prada
49. Ritmo de Um Sonho
50. X-Men: O Confronto Final

51. Garota da Vitrine
52. Final Fantasy 7: Advent Childrem
53. Menina Má.com
54. Terror em Silent Hill
55. Johnny e June
56. Serpentes a Bordo
57. A Máquina
58. As Loucuras de Dick e Jane
59. 16 Quadras
60. Paradise Now

61. O Código da Vinci (3/5)
62. Sentinela
63. Tudo em Família
64. Memórias de Uma Gueixa (2,5/5)
65. A Pantera Cor-de-Rosa
66. Pulse
67. O Albergue
68. As Torres Gêmeas
69. Dizem Por Aí...
70. Doom - A Porta do Inferno

71. A Névoa (2/5)
72. No Rastro da Bala (1,5/5)
73. BloodRayne (1/5)


Outros prêmios:


Melhor Diretor: Alfonso Cuarón (Filhos da Esperança) - O que são aqueles planos-sequência? Puta merda.

Melhor Diretor Estreante: Rian Johnson (A Ponta de Um Crime) - o cara fez um noir-colegial, e ainda dirigiu algumas das melhores cenas do ano. Esse é dele.

Melhor Roteirista: George Clooney (Boa Noite e Boa Sorte) - eu aturo quantas sequências estúpidas de 11 Homens e Um Segredo forem necessárias, se ele continuar fazendo filmes como GNGL com os dividendos.

Melhor Ator: Philip Seymour Hoffman (Capote) - ele é o cara, etc.

Melhor Atriz: Felicity Huffman (Transamerica) - só a coragem dela de fazer um papel como esse, enquanto poderia ficar sentada em casa aproveitando seus milhõezinhos já justifica a minha escolha.

Melhor Ator Coadjuvante: Jack Nicholson (Os Infiltrados) - conseguiu transformar assassinato em escala em algo divertido. Só ele mesmo...

Melhor Atriz Coadjuvante: Carmen Maura (Volver) - Penelope Cruz pode até ter o papel da vida dela no filme mais recente de Almodóvar, mas quem brilha é Maura.

Melhor Personagem Cômico: Ramón; de Happy Feet (Robin Williams; Guilherme Briggs na dublagem brasileira) - ninguém me fez rir mais numa sala de cinema em 2006 como ele.

Melhor Frase: "I have had it with these motherfucking snakes on this motherfucking plane!" (Samuel L. Jackson em Serpentes à Bordo) - provavelmente uma das escolhas mais óbvias dessa lista. Mas não tem como não rachar o bico com uma pérola dessas, principalmente quando se sabe todas as circunstâncias envolvidas na inclusão dela no filme.

Melhor Cena de Ação: empate entre a aterrisagem forçada do avião em Superman - O Retorno e a do carrossel em Pirates do Caribe - O Baú da Morte. Esses dois filmes souberam como usar seus generosos orçamentos.

Troféu "A Gostosa": Scarlett Johansson (aka Srta. Ereção; de Match Point) - precisa explicar?

Troféu "Chutador de Traseiros": Daniel Craig (de 007 - Cassino Royale) - provavelmente a encarnação definitiva de James Bond. E olha que eu gosto de todos os intérpretes do personagem, incluindo Pierce Brosnam. O problema foi que os filmes dele não ajudavam...


Melhores Filmes do Ano Que Eu Ainda Não Vi:


2046 (Wong Kar-Wai)
O Crocodilo (Nanni Moretti)
Time (Kim Ki-Duk)
O Sabor da Melancia (Tsai Ming-liang)
A Fonte da Vida (Darren Aronofsky)
O Ano em que Meus Pais Saíram de Ferias (Cao Hamburger)
O Grande Truque (Christopher Nolan)
O Labirinto do Fauno (Guillermo del Toro)
Céu de Suely (Karim Ainouz)
Os Amantes Constantes (Philippe Garrel)


É isso. Feliz 2007 pra todo mundo! (se bem que devo postar mais alguma coisa antes da virada, mas xapralá).


12/27/2006

Previsões Para o Emmy - Primeira Rodada (Comédia)


Série Comédia

The Office
My Name is Earl
Two and a Half Men
Ugly Betty
Weeds
(Desperate Housewives)


Não consigo imaginar mais do que duas séries do bloco "quintal" da NBC concorrendo. Mas as duas com maiores chances entram direto como favoritas. Ainda temos Men da CBS (que eu pessoalmente trocaria por Chirstine sem pensar duas vezes), representante das sitcoms clássicas. A relação se fecha com Weeds, comédia de TV à Cabo (CYU é inelegível) e Ugly Betty, novo xodó da crítica. Na primeira reserva, Desperate Housewives e sua (dita) ressureição criativa.



Ator Comédia

Jason Lee - My Name is Earl
Steve Carell - The Office
Alec Baldwin - 30 Rock
Tony Shalhoub - Monk
Charlie Sheen - Two anf a Half Men
(Zach Braff - Scrubs)

Aqui o Globo de Ouro acertou praticamente em cheio. Os quatro protagonistas da NBC são nomes fortíssimos, assim como Mr. Monk. Mas ainda acho que darão uma vaguinha para Sheen, o que colocaria Zach Braff na suplência.



Atriz Comédia

Julia Louis-Dreyfus - The New Adventures of Old Christine
Mary-Louise Parker - Weeds
Marcia Cross - Desperate Housewives
Felicity Huffman - Desperate Housewives
Allison Janney - TBA
(America Ferrera - Ugly Betty)

Eu não consigo imaginar uma esnobada das Housewives como aconteceu no ano passado, até porque todas a relação do ano passado (com exceção de Dreyfus) já saíram do ar. Minha aposta mais arriscada fica por conta de Allison Janney e sua sitcom que ainda não tem previsão de estréia na CBS. Faço isso por (i) ela ser a Allison Janney e (ii) o Emmy amar ela. Se bem que o segundo motivo deve estar relacionado ao primeiro...



Ator Coadjuvante Comédia

Ethan Suplee - My Name is Earl
John Krasinski - The Office
Rainn Wilson - The Office
Jeremy Piven - Entourage
Jon Cryer - Two and a Half Men
(Justin Kirk - Weeds)

Três novas vagas se abrem no próximo ano, já que Arnett, Cranston e Hayes não são mais elegíveis. Coloquei os nomes dos substitutos mais óbvios. E a vaga extra por enquanto fica pra Justin Kirk, que conseguiu ser indicado ao Globo de Ouro, mesmo com todos os tipos de coadjuvantes sendo colocados no mesmo balaio (dramas, comédias, minisséries e telefilmes).



Atriz Coadjuvante Comédia

Elisabeth Perkins - Weeds
Jaime Pressly - My Name is Earl
Jenna Fischer - The Office
Vanessa Williams - Ugly Betty
Nicollette Sheridan - Desperate Housewives
(Holland Taylor - Two and a Half Men)

Aqui também se abriram três vaga. Só restaram Perkins e Pressly do ano passado. Minhas apostas: Fischer, finalmente sendo indicado por The Office; Sheridan, com situação idêntica por Desperate Housewives; e Vanessa Williams, que teve a carreira ressuscitada com Ugly Betty.

12/22/2006

Previsões Para o Emmy - Primeira Rodada (Drama)


Série Drama


Studio 60 On The Sunset Strip
24 Horas
Grey's Anatomy
The Sopranos
House
(Lost)

Sai uma série de Sorkin e entra outra. Não consigo imaginar outra relação. Caso Lost volte com tudo em fevereiro, pode beliscar uma vaguinha.


Ator Drama

Kiefer Sutherland - 24 Horas
Michael C. Hall - Dexter
Hugh Laurie - House
James Gandolfini - The Sopranos
Ian MacShane - Deadwood
(Matthew Perry - Studio 60 On The Sunset Strip)

Provavelmente a categoria mais complicada de todas. Estou contando com o retorno de Laurie e Gandolfini. E se Azaria (de quem eu gosto muito) conseguiu entrar, Hall é baba. E da-lhe screeners!


Atriz Drama

Kyra Sedgwick - The Closer
Edie Falco - The Sopranos
Mariska Hargitay - Law and Order: SVU
Ellen Pompeo - Grey's Anatomy
Patricia Arquette - Medium
(Calista Flockhart - Brothers and Sisters)

Dói muito colocar a Pompeo na lista. Até existe um burburinho sobre mover a Oh para a categoria. Eu apóio. Qual outro nome poderia entrar nessa relação? Polly Walker? A HBO deve dar prioridade à Sopranos e Big Love. Kristen Bell? Só se fosse em um universo sorkiniano...


Ator Coadjuvante Drama

William Shatner - Boston Legal
Michael Imperioli - The Sopranos
Steven Weber - Studio 60 On The Sunset Strip
T.R. Knight - Grey's Anatomy
Michael Emerson - Lost
(Masi Oka - Heroes)

Essa é dificílima também. Como esse ano não tem Itzin, Platt e Alda, foram abertas pelo menos três vagas. Knight entra porque creio que Grey's entrará com tudo na próxima disputa. Weber é o coadjuvante masculino mais proeminente de Studio 60 e Michael Emerson já tem até Emmy. E a candidatura de Oka ganhou força com sua indicação ao Globo de Ouro.


Atriz Coadjuvante Drama

Sandra Oh - Grey's Anatomy
Chandra Wilson - Grey's anatomy
Candice Bergen - Boston Legal
Sarah Paulson - Studio 60 On The Sunset Strip
Sally Field - Brothers and Sisters
(Amanda Peet - Studio 60 On The Sunset Strip)

Não listei Walsh por não acreditar que indicariam três coadjuvantes de Grey's. Mas caso movam Oh para protagonista, essa vaga já tem dona. Paulson entra por ser a coajuv...

E Sally Field tem até Oscar. So...

12/21/2006

Arquivo-X, A Saga


Estou ensaindo um retorno à série (assiste os 10 primeiros no começo do ano) . Mas assistir todos os episódios é uma tarefa hercúlea. Então fiz o seguinte: peguei todos os episódios sobre a conspiração adicionei alguns episódios incados/vencedores de prêmios (Emmy, DGA e WGA), além de alguns outros preferidos dos fãs (leia-se: revista do Vidoni). Aqui vai a lista preliminar. Alguém tem alguma sugestão?

# Season 1:

1x01 Pilot,
1x02 Deep Throat,
1x04 Conduit,
1x10 Fallen Angel (até aqui eu já assisti)
1x11 Eve
1x13 Beyond The Sea
1x17 E.B.E.,
1x20 Darkness Falls
1x21 Tooms,
1x24 The Erlenmeyer Flask

# Season 2:

2x01 Little Green Men,
2x02 The Host
2x04 Sleepless,
2x05 Duane Barry,
2x06 Ascension,
2x08 One Breath,
2x10 Red Museum,
2x12 Aubrey
2x13 Irresistible
2x14 Die Hand Die Verletzt
2x15 Flesh Bones
2x16 Colony,
2x17 End Game,
2x19 Dod Kalm
2x20 Humbug,
2x21 The Calasari
2x22 F. Emasculata
2x25 Anasazi,

# Season 3:

3x01 The Blessing Way,
3x02 Paper Clip,
3x04 Clyde Bruckman's Final Repose,
3x05 The List,
3x07 The Walk
3x08 Oubliette
3x09 Nisei,
3x10 731,
3x11 Revelations
3x12 War of the Coprophages
3x13 Syzygy
3x14 Grotesque
3x15 Piper Maru,
3x16 Apocrypha,
3x17 Pusher
3x20 Jose Chung's "From Outer Space
3x21 Avatar,
3x22 Quagmire
3x23 Wetwired,
3x24 Talitha Cumi

# Season 4:

4x01 Herrenvolk,
4x02 Unruhe
4x03 Home
4x05 The Field Where I Died
4x07 Musings of a Cigarette Smoking Man,
4x08 Tunguska,
4x09 Terma,
4x10 Paper Hearts *
4x12 Leonard Betts
4x14 Memento Mori,
4x17 Tempus Fugit,
4x18 Max,
4x20 Small Potatoes
4x21 Zero Sum,
4x22 Elegy
4x23 Demons,
4x24 Gethsemane

# Season 5:

5x01 Redux,
5x02 Redux II,
5x03 The Unusual Suspect
5x05 The Post-Modern Prometheus,
5x06 Christmas Carol,
5x07 Emily,
5x10 Chinga
5x12 Bad Blood
5x13 Patient X,
5x14 The Red and the Black,
5x20 The End.

ARQUIVO-X - O FILME

# Season 6:

6x01 The Beginning,
6x03 Triangle
6x04 Dreamland
6x05 Dreamland II
6x08 How the Ghosts Stole the Christmas
6x09 S.R. 819,
6x10 Tithonus
6x11 Two Fathers,
6x12 One Son,
6x18 Milagro,
6x20 The Unnatural
6x22 Biogenesis

# Season 7:

7x01 The Sixth Extinction,
7x02 The Sixth Extinction II: Amor Fati,
7x03 Hungry
7x10 Sein und Zeit,
7x11 Closure,
7x12 X-Cops
7x15 En Ami,
7x17 all thing
7x21 Je Souhaite
7x22 Requiem

# Season 8:

8x01 Within,
8x02 Without,
8x03 Redrum,
8x07 Via Negativa
8x11 The Gift
8x13 Per Manum,
8x14 This is Not Happening,
8x15 Deadalive,
8x16 Three Words,
8x17 Empedocles
8x18 Vienen,
8x20 Essence,
8x21 Existence

# Season 9:

9x01 Nothing Important Happened Today,
9x02 Nothing Important Happened Today II,
9x05 4-D,
9x06 Trust No 1,
9x09 Provenance,
9x10 Providence,
9x14 Improbable
9x15 Jump the Shark
9x16 William,
9x17 Release
9x19 The Truth I
9x20 The Truth II

12/14/2006

Retrospectiva 2006 - A Volta de Aaron Sorkin


Texto originalmente publicado no Teleséries.


He is back, babe. Aaron Sorkin, midas da televisão americana, está com série nova no pedaço. Studio 60 On The Sunset Strip já tem a produção da primeira temporada completa confirmada e estréia por aqui em 2007.

Pra quem não conhece o trabalho de Sorkin, ele é um dos showrunners mais autorais da TV. Suas séries possuem personagens complexos, diálogos rápidos e humor do mais fino e inteligente, além de ser muito referencial (e auto-referencial). Seus universos são sempre ideais, e não reais. Explico: seus personagens são sempre mais trabalhadores, honestos e inteligentes que suas contrapartes reais.

Sorkin também anda na contramão da indústria. Depois de roteirizar dois filmes de grande sucesso de crítica – Questão de Honra e Meu Querido Presidente – decidiu que seu próximo projeto, sobre um telejornal esportivo, seria melhor aproveitado na televisão. É a origem de Sports Night, dramédia que catapultou as carreiras de Felicity Huffman (Desperate Housewives) e Peter Krause (A Sete Palmos). A série só durou duas temporadas. Depois de cancelada pela ABC, Sorkin recebeu diversas ofertas de outros canais para continuá-la. Mas ele preferiu se dedicar em tempo integral à próximo projeto.

Utilizando-se de diversos de diversos plots, partes do elenco e até mesmo dos cenários de Meu Querido Presidente, Sorkin criou sua obra prima: The West Wing, onde passamos a conhecer os bastidores da Casa Branca (usando o trocadilho do SBT). Depois de quatro temporadas (e quatro Emmys de melhor série – seguidos!), diferenças criativas fizeram com que ele fosse demitido da série pela NBC.

Três anos depois do roteiro dele ir ao ar (Twenty Four, a brilhante season finale da quarta temporada de West Wing), ele está de volta, mais em forma do que nunca. Studio 60, pra quem ainda não sabe, mostra os bastidores de um programa de comédia no estilo do Saturday Night Live. O elenco está recheado de estrelas: Matthew Perry (Friends), Bradley Whitford (The West Wing) e Amanda Peet (Jack & Jill) entre outros. Os convidados dos primeiros episódios incluem nomes de peso como Judd Hirsch (que tem um monólogo arrebatador no primeiro episódio), Christine Lahti e Eli Wallach.

O roteiro do piloto é nada menos do que espetacular. Cheio de piadas e auto-referências (os dois protagonistas são alter-egos dele). A direção de Thomas Schlamme, parceiro habitual de Sorkin não fica por menos. Ele consegue unir preciosismo estético e narrativo como nenhum outro diretor da TV atual. Ambos são nomes certos para o próximo Emmy.

Fica aí a dica: uma das séries mais quentes da nova temporada, Studio 60 On The Sunset Strip já tem estréia confirmada na Warner em 2007. Nem pense em perder.

12/11/2006

Previsões Para o Oscar - Primeira Rodada

Porque eu também posso! :p


Filme

The Departed
Letters From Iwo Jima
Dreamgirls
The Queen
Little Miss Sunshine
(Babel; Vôo 93)

Os quatro primeiros parecem razoavelmente seguros até esse momento. A vaga de Sunshine (indie do ano) vai depender de seu desempenho nas próximas premiações.


Direção

Martin Scorsese – The Departed
Clint Eastwood – Letters From Iwo Jima
Bill Condon – Dreamgirls
Stephen Frears – The Queen

Alejandro Gonzalez Inaratu – Babel
(Paul Greengrass – Vôo 93)

Sunshine é o filme “sem direção” do ano. O que abre espaço para Inaratu (ou Greengrass).


Ator

Forest Whitaker – The Last King of Scotland
Peter O”Toole – Venus
Leonardo DiCaprio – The Departed
Ryan Gosling – Half Nelson
Will Smith – The Persuit of Happiness
(Leonardo DiCaprio – The Blood Diamond)

Por enquanto, esses cinco nomes parecem certos. DiCaprio tem dois filmes na manga. O que pode ser bom ou ruim (vote split?).


Atriz

Helen Mirren - The Queen
Judi Dench - Notes on a Scandal
Meryl Streep - The Devil Wears Prada
Penelope Cruz - Volver
Cate Blanchett - The Good German

(Kate Winslet – Little Children)

Bem seguras mesmo, só as duas primeiras. Há outros nomes fortes na disputa, como Annete Bening (Running With Scissors).


Ator Coadjuvante

Eddie Murphy - Dreamgirls
Jack Nicholson - The Departed
Brad Pitt - Babel
Michael Sheen - The Queen
Paul Dano – Little Miss Sunshine
(Mark Whalberg – The Departed)

Aqui eu vou na contramão. Acho que, dentro os coadjuvantes de Sunshine, aquele com mais chances de conseguir é Paul Dano, mesmo concorrendo com atores mais celebrados como Arkin e Carell. E do fenomenal cast masculino de Departed, vou apenas com Nicholson, já que a Warner fez o favor de não fazer campanha para Baldwin e Sheen...


Atriz Coadjuvante

Cate Blanchett - Notes on a Scandal
Abigail Breslin - Little Miss Sunshine
Jennifer Hudson - Dreamgirls
Rinko Kikuchi – Babel
Emma Thompson - Stranger Than Fiction
(Carmen Maura – Volver)

Tenho a impressão de que essa lista vai mudar bastante. Maura fica de molho por não se tratar de uma atriz/filme americano, mas ela é o melhor elo do elenco de Volver.


Roteiro Original

The Queen
Letters From Iwo Jima
Little Miss Sunshine
Volver
Babel
(United 93)

Me parece que a lista está fechada...


Roteiro Adaptado

The Departed
Dreamgirls
Thank You For Smoking
Little Children
Notes On a Scandal
(The Last King of Scotland)

Idem acima. Tá, com um pouco menos de certeza.


Filme Estrangeiro

Volver (Espanha)
El Labirinto Del Fauno (México)
The Course of the Golden Flower (China)
Water (Canada)

Cinema, Aspirinas e Urubus (Brasil)

Aqui eu vou fazer parte daquele movimento bacana que acha que o filme brasileiro tem chance. Mas não tenho tantas esperanças assim.


Animação

Carros
Happy Feet – O Pingüim
A Casa Montro
Por Água Abaixo
A Era do Gelo 2
(Os Sem-Floresta)

Os três primeiros me parecem certos.


Montagem

Babel
The Departed
Letters From Iwo Jima
United 93
The Queen
(Pan’s Labirynth)


Fotografia

Dreamgirls
Apocalypto
The Black Dahlia
Letters From Iwo Jima
The Departed
(Pan’s Labirynth)


Direção de Arte

Dreamgirls
Letters From Iwo Jima
Marie-Antoinette
The Prestige
The Good German
(Pan’s Labyrinth)


Figurino

Dreamgirls
Letters From Iwo Jima
Marie-Antoinette
The Good German
The Devil Wears Prada


Maquiagem

Pirates of the Caribbean
Apocalypto
The Queen


Trilha Sonora

The Queen
Letters From Iwo jima
Babel
The Departed
Apocalypto
(Babel)


Edição de Som

Pirates of the Caribbean
Superman Returns
Apocalypto
Letters From Iwo Jima
The Departed


Som

Pirates of the Caribbean
World Trade Center
The Departed
Dreamgirls
Letters From Iwo Jima


Efeitos Visuais

Pirates of the Caribbean
Superman Returns
Letters From Iwo Jima


--------------------

Quinta saem os indicados do primeiro grande prognosticador (eita palavra difícil, Fer), o Globo de Ouro. A lista pode sofrer grandes mudanças. Ou não.

12/10/2006

Rapidinhas



- Absolutamente sensacional a trilha do episódio de My Name is Earl dessa semana. E o episódio também foi ótimo. Será que o Emmy vai esnobar Ethan Suplee e Jason Lee novamente?

- Essa semana não teve The Office. Mas semana que vem tem episódio de Natal duplo. Êêêêê...

- Lostzilla em Smallville? Hmmmm. Mas Allison Mack continua assustadoramente linda.

- Quem também teve episódio de Natal foi Studio 60. Os relacionamentos amorosos dos personagens talvez estejam indo rápido demais. Se bem que, na verdade, em West Wing é que eles eram lentos demais. 146 episódios pro Josh beijar a Donna?

- Episódio não-tão-excepcional assim de Battlestar Galactica. O maior erro foi centrar numa personagem que ninguém se importa muito. E num universo ideal (sorkiniano?) a série teria umas 3.896 indicações no próximo Emmy.

- Alec Baldwin = Deus.

A crise das sitcoms clássicas


Texto originalmente publicado no Teleséries.

Lembra da época em que as sitcoms eram parte substancial da programação das emissoras? Séries como Friends, Seinfeld, Married With Childrem, Frasier, entre outras faziam a festa do pessoal. Mas nos últimos anos, o espaço delas só vem diminuindo. E o ano de 2006 só confirmou essa tendência.

A sitcom tradicional vem sendo substituída aos poucos pela comédia de câmera única e sem platéia (Scrubs, My Name is Earl) e pela dramédia (Desperate Housewives, Ugly Betty). Mas vamos nos focar no primeiro tipo. Todas as emissoras estão apostando nesse novo formato (exceto a CBS, emissora mais conservadora nessa área – o que ironicamente lhes rendeu a liderança da audiência nos últimos anos).

A precursora desse novo jeito de se fazer comédia, onde o texto e as atuações passam a importar menos e a direção e a edição ganham destaque, foi The Office – criação de Ricky Gervais e Stephen Merchant – o exemplar do gênero mais importante e influente da década até agora. O curioso é que toda essa onda de “novas sitcoms” tem no fundo uma preocupação muito mais criativa do que financeira, já que nenhuma delas é sucesso de audiência. Índices generosos para comédias? Só no bloco transmitido pela CBS nas segundas, composto de – surpresa! – sitcoms tradicionais.

Eis que chegamos à temporada 2006-2007. E qual o panorama das sitcoms clássicas? Nada animador. ‘Til Death está longe de ser unanimidade. O número de personagens de The Class mais atrapalha do que ajuda. E ainda tem 20 Good Years e Happy Hour, que foram canceladas com poucas semanas de exibição e que provavelmente nunca serão exibidas por aqui. A falta de prestígio é tão grande que as emissoras chegaram a jogar três comédias clássicas para a mid-season: Reba, According to Jim e The King of Queens.

E as comédias do formato novo? Vão bem, obrigado. Depois do Emmy para remake americano de The Office (a confirmação de que esse jeito novo de fazer rir veio pra ficar), aconteceu a estréia de 30 Rock, com Tina Fey e Alec Baldwin. Os números não são lá essas coisas, mas a produção da temporada completa já está garantida. E Baldwin já é um dos favoritos para o próximo Emmy. Nada mal para uma série sem risadas, não?

12/01/2006

Balanço do Mês - Novembro 2006

01. Decálogo - Episódio 4 (Dekalog, Cztery; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 4,5/5

02. Down in The Valley (dir: David Jacobson; 2005) - 4/5

03. Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth; dir: Davis Guggenheim; 2006) - 4,5/5

04. Decálogo - Episódio 5 (Dekalog, piec; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 4,5/5

05. Vôo United 93 (United 93; dir: Paul Greengrass; 2006) - 4/5

06. Decálogo - Episódio 6 (Dekalog, szesc; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 4/5

07. Decálogo - Episódio 7 (Dekalog, siedem; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 3,5/5

08. Os Infiltrados (The Departed; dir: Martin Scorsese; 2006) - 4,5/5

09. O Perigoso Adeus (The Long Goodbye; dir: Robert Altman; 1973) - 4/5

10. Decálogo - Episódio 8 (Dekalog, osiem; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 4/5

11. Scoop (dir: Woody Allen; 2006) - 4,5/5

12. Cazuza - O Tempo Não Para (dir: Sandra Werneck e Walter Carvalho; 2004) - 3,5/5

13. Decálogo - Episódio 9 (Dekalog, dziewiec; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 4/5

14. Decálogo - Episódio 10 (Dekalog, dziesiec; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 4/5

15. Anatomia de Um Crime (Anatomy of a Murder; dir: Otto Preminger; 1959) - 4/5

16. Look Up To The Sky - The Amazing Story of Superman (dir: Kevin Burns; 2006) - 4,5/5

17. Pulse (idem; dir: Jin Sonzero; 2006) - 2,5/5

18. As Torres Gêmeas (World Trade Center; dir: Oliver Stone; 2006) - 2,5/5 [2/5]

19. Aguirre, A Cólera dos Deuses (Aguirre, der Zorn Gottes; dir: Werner Herzog; 1972) - 4/5 [4,5/5]

20. Má Educação (La Mala Educación; dir: Pedro Almodóvar; 2004) - 4,5/5

21. A Fantástica Fábrica de Chocolate (Charlie and the Chocolate Factory; dir: Tim Burton; 2005) - 5/5

11/30/2006

Música da Semana (6)

Caralho, isso é muito foda:

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Digging In The Dirt - Peter Gabriel


Something in me, dark and sticky
All the time it's getting strong
No way of dealing with this feeling
Can't go on like this too long

{Chorus:}
This time you've gone too far [x3]
I told you [x4]
This time you've gone too far [x3]
I told you [x4]

Don't talk back
Just drive the car
Shut your mouth
I know what you are
Don't say nothing
Keep your hands on the wheel
Don't turn around
This is for real
Digging in the dirt
Stay with me, I need support
I'm digging in the dirt
To find the places I got hurt
Open up the places I got hurt

The more I look, the more I find
As I close on in, I get so blind
I feel it in my head, I feel it in my toes
I feel it in my sex, that's the place it goes

[Chorus]

I'm digging in the dirt
Stay with me I need support
I'm digging in the dirt
To find the places I got hurt
To open up the places I got hurt

Digging in the dirt
To find the places we got hurt
[x7]

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É apenas eu, ou alguém mais escuta a mesma música trocentas vezes depois que a descobre?

11/29/2006

Rapidinhas (- qualquer coisa)


- Essa foto é genial! hahahahahaha! Uma das últimas cenas da (morna) primeira metade da segunda temporada de Prison Break. E temos a frase da semana: "You wanna take the bitch down?". Ainda bem que volta daqui a dois meses, e não quatro, como era o plano original.

- A Rafaela escreveu um texto bem legal explicando porque devemos aceitar a nova faceta bitch de Veronica. Mas eu ainda não engulo. Tanto que as duas cenas mais legais da fall finale foram protagonizada por Logan. Ele terminando o namoro com Veronica e a sequência final, na cadeia. A resolução do mistério foi tensa, mas ainda sim inferior a das temporadas passadas (sorry, Fer, mas a cena do telhado é tudo de bom). O cliffhnager para o arco seguinte é instigante, vamos ver o que temos pra janeiro. E Rob Thomas, que tal dar mais atenção para seus personagens coadjuvantes a partir de agora? Weevil e Mac apareceram em quantos episódios? Três?

- A promo do próximo episódio de Heroes diz: "A Hero wil be Lost". Poderia SER mais original?

- Pegando o gancho do comentário de cima:



Porque existe vida depois de Friends.

11/28/2006

Só pensando...

Tracy Morgan arrested for drunk driving




Se fosse Lost, ele tava f@#ido.

11/26/2006

...


É um lançamento tão especial que eu nem me importo de terem expremido 6 discos em duas amarrays.

Pensando bem, me importo sim. Universal: vai tomar no c#.

11/24/2006

Questionário do Estadão

Calma, pessoal. Estou muito ocupado. É prova, é trabalho, é aula particular. Aos poucos vou retomando.

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Em mais uma ato de puro descaramento, roubo uma idéia do Blog da Fer e respondo esse questionário sobre cinema.



01. Qual filme você mais revê?

Beleza Americana, mas foram umas duas ou três vezes, no máximo.


02. E que filme revisto ficou melhor?

Só pra citar um bem "nadaver": Missão: Impossível 3.


03. Cite um filme surpreendente, pelo qual você não dava nada.

Brick (A Ponta de Um Crime no Brasil), segundo melhor do ano até agora.


04. Qual filme revolucionou sua maneira de ver o mundo?

Ih, nem sei. Se for filme que revolucionou minha maneira de ver cinema, eu diria Beleza Americana e Kill Bill.


05. Cite um filme que você acha que dever ser bom, mas nunca viu.

Qualquer um do Tarkovsky. Ou da Nouvelle Vague.


06. Cite uma continuação melhor que o original.

Shrek 2. Homem Aranha 2. X-Men 2.


07. De qual filme você mudaria o final?

Qualquer filme de terror onde o(a) mocinho(a) só termine vivo por conveniência do roteiro (leia-se fazer o público "se sentir bem" depois).


08. Qual filme dos últimos 10 anos mais o marcou?

Beleza Americana.


09. Oscar ou Cannes?

Oscar. Mas uma premiação que premia Crash não deve ser levada muito a sério.


10. Qual ator ou atriz te leva ao cinema?

Nenhum em especial. Mas a principal razão de eu ter encarado Roubando Vidas foi Kiefer Sutherland.


11. De qual filme, demolido pela crítica, você gostou?

Vôo Noturno é bem razoável.


12. Quais os piores clichês do cinema? E os clichês indispensáveis?

Reencontro de casal no aeroporto me vem a cabeça. Qualquer clichê pode se tornar indispensável (até o do aeroporto) se bem trabalhado.


13. Qual o primeiro filme que você viu no cinema?

O Rei Leão. Assim como 10 em 10 crianças da minha geração.


14. Que filme você gostaria de ter feito?

A Ponte do Rio Kwai ou 12 Homens e Uma Sentença.


15. Qual final feliz foi o mais feliz que você viu?

O Rei Leão (tem final feliz, né?).


16. Qual o diretor de quem você gosta até em filmes ruins?

Kubrick (não que ele tenha filme ruim).


17. Que filme brasileiro merece o Oscar?

Lavoura Arcaica.


18. O melhor filme feito de um livro; e a pior adaptação de um livro?

Melhor: Senhor dos Anéis. Pior: Quarteto Fantástico (HQ é literatura)


19. Que filmes conseguem o milagre de somar reflexão e entretenimento?

Porra, vários. Mas curiosamente, os dois nomes que me aparecem são Battlestar Galactica e The West Wing, duas séries.


20. Você gosta de programas arriscados: um filme trash, um filme bizarro, um melodrama descabelado?

Não tenho problemas com esse tipo de filme, embora não assita produções desses estilos com frequências.


11/17/2006

6 Segredos

(a culpa é da Fer)

1. Tá, quero arrumar um emprego. Mas não quero deixar de assistir minhas séries e filmes. Que faço?

2. Não sei se é a série ou se é eu mesmo. Mas Smallville não me dá mais o mesmo tesão de antes. Ela sempre vai ter um lugar especial no meu coração (Small foi a minha porta de entrada ao incrível mundo das séries) e ainda vejo religiosamente. Mas eu não consigo deixar de pensar, ao ver o pessoal deixando de dormir esperando o episódio ser disponibilizado, “Putz, que idiotas”.

3. Radiohead é a banda mais superestimada de todos os tempos.

4. Um dia eu ainda vendo tudo que eu tenho e vou pra Hollywood pra conseguir encontrar a Kristen Bell. Ou a Jenna Fischer. Ou as duas.

5. Passo mais tempo no PC do que deveria. Mas eu gosto. Então dane-se.

6. O-d-e-i-o correntes. A ameaça de uma abóbora caindo na minha cabeça caso eu não envie a mensagem pra 43 pessoas está longe de me convencer. E-mail, orkut, blogs – todos insuportáveis. Só respondi essa porque...nem sei o motivo.

11/15/2006

Rapidinhas da Madrugada (0,32403)


- Poucas coisas são tão lindas quanto o sorriso de Allison Mack. Ponto.

- Notícias ruins pra quem gosta de Heroes. Tenho a impressão de que toda a primeira temporada será um grande primeiro ato. Ela servirá pra apresentar bem os personagens e situações, etc. Já passamos de um terço dos episódios e o quebra-pau parece bem distante. E a Google-girl é uma gracinha.

- Scofield chorando no confessionário? Hmmmmmmmmmmmmm. Mas o resto do episódio foi bom. Vamos ver se nessa reta final de fall season a coisa engrena de vez para Prison Break.

- Altas emoções no episódio dessa semana de Dexter. Com direito a revelação da identidade do suposto Ice Truck Killer. Hall é nada menos do que fantástico. Temos um provével vencedor de Globo de Ouro.

- Comecei a ver Sports Night. Que coisa boa aquilo! Aaron Sorkin é ídolo.

11/10/2006

Quando o Passado é Chato


Sempre fui um dos maiores defensores dos flashbacks em Lost. Eles são a oportunidade perfeita para escaparmos provisoriamente da ilha e conhecermos melhor os personagens, afinal – repito pela 859.207ª vez – a série é sobre eles, e não sobre monstros de fumaça. Mas os tais flashbacks nunca foram atirados de qualquer maneira. Eles, além de sempre trazerem informações novas sobre os sobreviventes, possuíam uma conexão quase orgânica com os acontecimentos da ilha. Exemplos não faltam: Sawyer aplicando um golpe na sua ex-namorada enquanto fazia o mesmo em tempo real (The Long Con), Sayid admitindo a possibilidade de torturar alguém enquanto vemos que ele foi obrigado a fazer isso na Guerra do Golfo (One of Them), Locke dominando como ninguém o modus-operandi da ilha, por ser o primeiro a descobrir que ela é bem mais que um pedaço de terra cercado de água por todos os lados (Walkabout), entre muitos outros.

E chegamos à quarta temporada. E infelizmente os roteiros têm falhado em construir essa parte tão importante de Lost. É novidade pra alguém que Sawyer, apesar de um golpista, possuiu lá no fundo um bom coração? E eu já sei que Kate, mesmo sendo fugitiva, já tentara levar uma vida normal desde o terceiro episódio da série.

O único dos personagens que teve um flashback realmente interessante nesse arco inicial de temporada foi Locke – uma comunidade hippie que planta maconha às escondidas tem tudo a ver com ele, e quem não acha deveria rever toda a série. Isso sem contar a seqüência de sonho/alucinação que foi brilhantemente dirigida. E o personagem ainda tem o flashback mais antecipado de todos: como ele ficou paralítico?

Aonde eu quero chegar é...Lost caiu na sua própria armadilha. Com um número enorme de personagens e duas ou três subtramas diferentes, fica realmente difícil de engolir flashbacks que não acrescentam nada atropelando os episódios. E isso acaba fazendo com que justamente menos personagens apareçam – pra ter uma idéia, Sun e Jin apareceram apenas em um episódio desse arco inicial. Isso pode até ser bom pro departamento financeiro (menos atores a cada semana = menores gastos com cachês), mas do ponto de vista artístico isso é terrível. Será que fazer pelo menos um episódio focado no presente iria matar os produtores? Daí até teria como comparar, já que todas as manifestações à esse respeito estão dentro do campo das suposições.

Felizmente, a série se renova parcialmente todos os anos. E vamos ter pelo menos três estreantes como “protagonistas de episódio”: Ben, Juliet (que abrirá a segunda parte da temporada) e Paulo/Nikki (que provavelmente ganharão um flashback no estilo de Maternity Leave e Three Minutes, mostrando o que eles estavam fazendo desde que o avião caiu). Só espero que eles não morram logo...

PS: o cliffhanger do sexto episódio conseguiu me deixar tenso e curioso, o que é uma coisa boa, visto que ele é meio bobinho. Se bem que todos os ganchos tendem a parecem idiotas depois daquela que é a melhor cena final de temporada de todos os tempos. (Câmera descendo escotilha adentro? Alguém?).

11/06/2006

Pré-Cavalca Awards

Meus apontamentos, tendo em vista a temporada até esse momento. CONTÉM SPOILERS DE LOST!


Série Drama


  • Studio 60 On The Sunset Strip
  • Dexter
  • Battlestar Galactica
  • House
  • Grey's Anatomy

Dói o coração deixar Veronica Mars de fora, a nova temporada está excepcional. Lost precisa melhorar o nível dos flashbacks urgentemente pra entrar no grupo. E se nada de extraordinário acontecer, 24 Horas entrar na lista ano que vem.

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Ator Drama

  • Hugh Laurie - House
  • Michael C. Hall - Dexter
  • Matthew Perry - Studio 60 On The Sunset Strip
  • Ian MacShane - Deadwood
  • Edward James Olmos - Battlestar Galactica

Provavelmente a categoria mais difícil de todos. Os únicos nomes que me parecem certos são Laurie, MacShne e Hall. Sutherland deve conseguir a sua vaguinha em 2007. E ainda tem McMahon, Whitford, Garber...

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Atriz Drama

  • Kristen Bell - Veronica Mars
  • Mary MacDonnell - Battlestar Galactica
  • Joely Richardson - Nip/Tuck

É, não assisto muitas séries protagonizadas por mulheres. As outras duas vagas provavelmente irão para Polly Walker e Edie Falco. Mas como Roma e Sopranos só estreiam ano que vem...


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Ator Coadjuvante Drama

  • Terry O'Quinn - Lost
  • Michael Hogan - Battlestar Galactica
  • Gerald McRaney - Deadwood
  • John Glover - Smallville
  • Brian Cox - Deadwood


Aqui a coisa está totalmente em aberto. De certeza, só O'Quinn e Hogan.

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Atriz Coadjuvante Drama

  • Allison Mack - Smallville
  • Kate Walsh - Grey's Anatomy
  • Chandra Wilson - Grey's Anatomy
  • Sarah Paulson - Studio 60 On The Sunset Strip
  • Katee Sackhoff - Battlestar Galactica

Numa temporada bem irregular, Mack está se revelando a melhor coisa de Smallville. Paulson é a revelação de Studio 60. As outras três estão dando continuidade ao belo trabalho feito nas temporadas anteriores.

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Participação Especial Drama

  • Judd Hirsch - Studio 60 On The Sunset Strip
  • Eli Wallach - Studio 60 On The Sunset Strip
  • Peter Coyote - The 4400
  • Adewale Akinnuoye-Agbaje - Lost
  • Joel Grey - House

O monólogo de Hirsch no piloto de Studio 60 - homenagem à Rede de Intrigas - é nada menos do que brilhante. A participação do Ex-Feio é de emocionar. Coyote se sobressai no meio de diversas atuações regulates. Grey (que já ganhou até Oscar) construiu um dos pacientes mais trágicos do Dr. House. Mas a minha escolha mais polêmica é Akinnuoye-Agbaje. Ele não pode concorrer ao Emmy nessa categoria porque era creditado como regular. Mas uma aparição de apenas dois episódios - onde em apenas em um deles ele conta com uma participação consistente - já me bastaram para colocá-lo na lista.


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Série Comédia

  • The Office
  • My Name is Earl
  • The New Adventures of Old Christine
  • Extras

Ainda a procura do quinto indicado. Talvez ele só apareça quando eu resolver assistir a segunda temporada de Everybody Hates Chris (só vi a premiere).

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Ator Comédia

  • Jason Lee - My Name is Earl
  • Steve Carell - The Office
  • Alec Baldwin - 30 Rock
  • Charlie Sheen - Two and a Half Men
  • Ricky Gervais - Extras

Lista praticamente fechada.

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Atriz Comédia

  • America Ferrera - Ugly Betty
  • Felicity Huffman - Desperate Housewives
  • Marcia Cross - Desperate Housewives
  • Julia Louis Dreyfus - The New Adventures of Old Christine
  • Tichina Arnold - Everybody Hates Chris

Lista praticamente fechada - o retorno.

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Ator Coadjuvante Comédia

  • Stephen Merchant - Extras
  • John Krasinski - The Office
  • Rainn Wilson - The Office
  • Ethan Suplee - My Name is Earl
  • Dulé Hill - Psych

Com toda a subtrama da outra filial de The Office, Krasinski está com pontos o suficiente para conseguir uma indicação. E como é bom ver Dulé Hill arranjar outro emprego tão rápido...

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Atriz Coadjuvante Comédia

  • Jenna Fischer - The Office
  • Ashley Jensen - Extras
  • Jaime Pressly - My Name is Earl
  • Alyson Hannigan - How I Met Your Mother

Em busca de um nome pra fechar a lista. Quem tiver oportunidade, assista pelo menos um episódio de Mother - Hannigan está ótima, e mais linda do que nunca.

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Participação Especial Comédia

  • Orlando Bloom - Extras
  • Ian McKellen - Extras
  • David Bowie - Extras
  • Daniel Radcliffe - Extras
  • Hugh Laurie - Saturday Night Live

Minha seleção mais excêntrica. Nada menos do que quatro convidados de Extras. E não é pra menos, todos eles estão hilários, embora eu deva reconhecer que todo o mérito seja de Gervais e Merchant, por bolarem roteiros tão maravilhosos. O Dr. House entra pra provar a excelência de seu timing cômico e de que ele não é ator de um papel só.


11/05/2006

What's Next?


Um dos maiores atrativos de Smallville é ver Lex ir de amigo (quase) fiel à nêmesis de Clark. Não é a parte técnica que faz de House uma das melhores séries dos últimos anos. O conjunto de mistérios não é o maior atrativo de Lost – talvez até seja para aquela parcela de espectadores que começa a abandonar a serie, ironicamente quando ela começa à respondê-los em número cada vez maior. O que faz de Dexter a série nova mais quente da atualidade definitivamente não é o fator investigação – tema que existe aos quilos na TV americana, CBS que o diga.

O que todos os exemplos acima tem em comum? São seriados que tratam com muito carinho de seus personagens (tá, ultimamente, Smallville vem falhando um pouco nisso). O que nos faz acompanhar uma história toda semana (seja ela uma trama continuada ou composta de episódios isolados) é a vida daquelas pessoas, sejam elas mocinhos, vilões, psicopatas ou simplesmente homens de fé.

E então chegamos ao tema de texto: The West Wing. A série nos joga dentro da Casa Branca. Um universo que, mesmo para nós que somos brasileiros, é fascinante. Mas como cenário não é tudo, o gênio Aaron Sorkin nos presenteia com alguns dos personagens mais fascinantes da história da televisão. Temos de um lado C.J. Cregg, assessora de impressa, que tem a função de passar a mensagem do governo aos jornalistas (e conseqüentemente às outras pessoas). Do outro temos Leo McGarry, chefe de gabinete e segundo homem mais poderoso do país – ou alguém achou que fosse o vice-presidente? E ainda tem o assessor pessoal do presidente, que nutre uma paixão por sua filha. O Sub-Chefe de Gabinete que tem uma relação com alto teor de tensão sexual com sua principal assistente. Tem também o Diretor de Comunicações e seu assessor, sempre na busca das melhores linhas para os discursos do Comandante-em-Chefe da nação.

E pra fechar com chave de ouro, tem o próprio presidente. Dedicado, honesto, trabalhador e com um senso de humor autodepreciativo que é delicioso. Jed Bartlet é o tipo de presidente que todos gostaríamos de ter, em qualquer país do mundo. Uma das maiores qualidades da série é justamente esse idealismo de Aaron Sorkin. Apesar do tratamento realista, seus universos são sempre como ele gostaria que eles fossem. Mas isso pode ser também uma faca de dois gumes. Se aqui isso funciona maravilhosamente bem, em Questão de Honra ele falha miseravelmente (por mais que a atuação de Jack Nicholson na hora de sua confissão seja brilhante, em nenhum momento eu consigo acreditar que um oficial da posição dele faria uma coisa daquelas).

Voltemos ao assunto do texto. Se a construção dos personagens Sorkianos já é maravilhosa, o desenvolvimento deles não fica por menos. Sempre usando diálogos rápidos e na maioria das vezes repletos de humor – são os famosos “walk-and-talks” - Sorkin nos torna íntimo deles e (aqui está o segredo) faz com que nos importemos com eles e seus dramas pessoais.

Como não é bobo, Sorkin sabe que suas criaturas precisam de espaço para brilhar, e para isso ele usa um artifício inteligentíssimo: os episódios centrados em determinados personagens (não, não foi JJ Abrams que inventou essa técnica). C.J. tem The Women of Qumar. Josh nos emociona com sua revelação em Noel. Toby demonstra que é capaz de ter sentimentos em In Excelsis Deo. Bartlet for America é um dos melhores estudos de personagem que a televisão já exibiu – estamos falando de Leo. E temos Two Cathedrals, em que Martin Sheen entrega certamente a melhor atuação de sua carreira, que é provavelmente uma das melhores da década. E não me refiro apenas à TV.

E eis que Sorkin é demitido pela emissora. É o fim da série para os mais xiitas – as famosas viúvas Sorkinianas. Eu não divido essa opinião. Claro, nem tudo são flores. Mas com o passar do tempo, os roteiristas foram engrenando e pegaram o jeito da coisa, chegando em diversos momentos ao mesmo nível de seu antecessor. (Particularmente, considero até mesmo a quinta temporada superior à terceira, que foi sonolenta até dizer chega, exceção feita ao For America já citado anteriormente).

Se tem uma área onde a série saiu ganhando na fase pós-Sorkin, é justamente na ideológica. Ele era assumidamente liberal – e isso era obviamente refletido na série. Com a saída dele, foram contratados vários roteiristas mais conservadores (leia-se: Republicanos) que serviram como uma espécie de contrapeso à WW. Tal influência pode ser claramente vista em episódios como The Supremes – onde ao lado de uma liberal tipicamente Sorkiniana (Glenn Close), temos um conservador tão brilhante quanto (William Fichter). Mas o exemplo mais claro dessa diversidade é obviamente a corrida presidencial nas duas últimas temporadas. Se o opositor de Bartlet na reeleição dele só faltava ter uma gargalhada maléfica, o Arnord Vinick de Alan Alda (brilhante) é na maior parte do tempo um candidato muito mais interessante do que o Matt Santos de Jimmy Smits (competente, mas sempre à sombra de seu adversário na ficção) – isso falado por alguém que, se morasse nos EUA, provavelmente seria um democrata.

Os episódios finais da série serviram para dar um encerramento à todos os personagens e subtramas das história. Em The Cold, vemos o primeiro beijo entre Josh e Donna (depois de sete anos!). Institutional Memory é o desfecho da relação conturbada entre CJ e Danny. Embora Toby não apareça em Tomorrow, sabemos que o episódio final da série é praticamente centrado nele. Mentira, a finale, apesar de mostrar quase todos os personagens, é, antes de qualquer coisa, centrado em Bartlet, triste e abatido – a cena onde ele abre o presente dado pela filha de Leo é tocante - por ter de deixar aquele que foi seu lar durante 8 longos anos, mas com a sensação de dever cumprido.

E assim termina uma das maiores séries de todos os tempos. Agora o que resta é correr atrás das outras coisas que ele fez antes de West Wing: Sports Night e The American President (filme que foi fonte de muitos dos conceitos da série). E Studio 60? Essa eu já estou vendo – e é uma das melhores coisas da nova temporada.

Modéstia à parte, até que esse texto não foi nada ruim, né? O melhor produto possível de uma noite particularmente frustrante, que culminou com a ingestão de uma daquelas lasanhas prontas congeladas por inteiro. Nada que escrever um pouco e que uma dose de sal de frutas não resolvam.

11/02/2006

Balanço do Mês - Outubro 2006



01. O Albergue (Hostel; dir: Eli Roth; 2006) - 2,5/5

02. Núpcias de um Escândalo (The Philadelphia Story; dir: George Cukor; 1940) - 4/5

03. Garota da Vitrine (Shopgirl; dir: Anand Tucker; 2005) - 3,5/5

04. A Última Noite (A Prairie Home Companion; dir: Robert Altman; 2006) - 4,5/5

05. Toy Story 2 (idem; dir: John Lasseter; 1999) - 4,5/5

06. A Mulher Faz o Homem (Mr Smith Goes to Washington; dir: Frank Capra; 1939) - 4,5/5

07. A Loucura de Mary Juana (Reefer Madness: The Movie Musical; dir: Andy Fickman; 2005) - 4/5

08. Serenity - A Luta Pelo Amanhã (Serenity; dir: Joss Whedon; 2005) - 4,5/5

09. Volver (dir: Pedro Almodóvar; 2006) - 4,5/5

10. Cupido é Moleque Teimoso (The Awful Truth; dir: Leo McCarey; 1937) - 4/5

11. A Casa Monstro (Monster House; dir: Gil Kenan; 2006) - 4/5

12. O Homem Duplo (A Scanner Darkly; dir: Richard Linklater; 2006) - 4/5

13. Este Mundo é Um Hospício (Arsenic and Old Lace; dir: Frank Capra; 1944) - 4/5

14. A Dália Negra (The Black Dahlia; dir: Brian de Palma; 2006) - 4/5

15. Decálogo - Episódio 1 (Dekalog, jeden; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 4/5

16. Decálogo - Episódio 2 (Dekalog, dwa; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 3/5

17. Decálogo - Episódio 3 (Dekalog, trzy; dir: Krzysztof Kieslowski; 1988) - 3/5

18. À Beira do Abismo (The Big Sleep; dir: Howard Hawks; 1946) - 4/5

19. Carros (Cars; dir: John Lasseter e Joe Ranft; 2006) - 4/5

20. Desafio à Corrupção (The Hustler; dir: Robert Rossen; 1961) - 3,5/5

21. A Lula e a Baleia (The Squid and The Whale; dir: Noah Baumbach; 2005) - 4/5

22. Paixões em Fúria (Key Largo; dir: John Huston; 1948) - 4/5

Música da Semana (5)


"Woke Up This Morning" - Leonard Cohen


You woke up this morning
Got yourself a gun,
Mama always said you'd be
The Chosen One.

She said: You're one in a million
You've got to burn to shine,
But you were born under a bad sign,
With a blue moon in your eyes.

You woke up this morning
All the love has gone,
Your Papa never told you
About right and wrong.

But you're looking good, baby,
I believe you're feeling fine, (shame about it),
Born under a bad sign
With a blue moon in your eyes.

You woke up this morning
The world turned upside down,
Thing's ain't been the same
Since the Blues walked into town.

But you're one in a million
You've got that shotgun shine.
Born under a bad sign,
With a blue moon in your eyes.

When you woke up this morning everything you had was
gone. By half past ten your head was going ding-dong.
Ringing like a bell from your head down to your toes,
like a voice telling you there was something you should
know. Last night you were flying but today you're so low
- ain't it times like these that make you wonder if
you'll ever know the meaning of things as they appear to
the others; wives, mothers, fathers, sisters and
brothers. Don't you wish you didn't function, wish you
didn't think beyond the next paycheck and the next little
drink' Well you do so make up your mind to go on, 'cos
when you woke up this morning everything you had was gone.

When you woke up this morning,
When you woke up this morning,
When you woke up this morning,
Mama said you'd be the Chosen One.

When you woke up this morning,
When you woke up this morning,
When you woke up this morning,
You got yourself a gun.


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Assistam. Sopranos.

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E ainda nesse feriado: o meu super-duper-post sobre The West Wing. Você não pode deixar de perder!

10/31/2006

Lostbrasil para de produzir Legendas/Máfia

Para saber mais, cliquem aqui e aqui.


Só pra constar: não são os downloaders que se adaptam ao mercado. É o mercado que se adapta aos downloaders. Ou por um acaso, os inventores do Gravador de CD e do Ipod acharam que apenas coisa "legal" passaria pelos seus produtos?

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Get a Mafia Name!

Quando Mudar Não é Bom...

Atenção: o texto à seguir possui spoilers da segunda temporada de Prison Break, ainda inédita no Brasil. Se você não quer saber de nada antes de assistir, não leia!


Uma crítica recorrente feita à séries que apresentam uma mudança drástica em sua estrutura é “Ah, não gostei porque mudou...”. Sinto informar, mas isso não é argumento nem aqui nem na China. Quem disse que o programa é obrigado a manter a mesma sistemática por toda sua existência? Em princípio, sou a favor de mudanças, pois elas demonstram coragem por parte dos produtores e roteiristas que estão dispostos a experimentar novas fórmulas a favor da história. O caso clássico disso é Battlestar Galactica, que no final da segunda temporada, abandonou quase por completo as naves. Tudo em favor de uma reviravolta que, além de fazer muito sentido do ponto de vista narrativo, aproveita pra alfinetar a política externa do Tio Sam. O caso de Prison Break é mais delicado. A mudança de ares (no caso, representada pela fuga da prisão) foi conseqüência natural da história. Foi algo quase obrigatório. Uma dificuldade de última hora, além de ser frustrante para os espectadores, seria um autoplágio – o mesmo artifício havia sido usado em End of The Tunnel.

Porém, os roteiristas de Prison Break parecem não ter encontrado a dinâmica correta pra essa segunda temporada. A cada semana, somos presenteados com alguma reviravolta ou cliffhanger, cujo único objetivo é nos fazer exclamar um “Oh...”, mas que não fazem muito sentido à história. Por um lado, vale o esforço de não querer encerrar todos os episódios com os fugitivos sendo quase capturados pela polícia. Mas a ferramenta pra substituir a atmosfera ameaçadora de atrás das grades ainda não foi encontrada. Para tentar conferir mais tensão à série, eles estão ferrando com o desenvolvimento dos personagens. Que Burrows não ia ter cérebro suficiente pra perceber que a libertação de seu filho é uma armadilha do “sistema” não é nada surpreendente. Mas desde quando Scofield não perceberia isso? Ele não era um gênio? Outro caso é do Agente Mahone, interpretado pelo competente Wiliam Fichter. Ao invés de ser perturbado pelo seu passado, ele é...um lacaio do governo?! Putz!

E tem também as mortes. Veronica pode até ter merecido levar uma bala na cabeça (ela achou que ia invadir a casa do pivô de toda uma crise do governo e que conseguiria sair facilmente?). O pai da Dra. Sarah já é outra história. O cara era Governador do Estado, quase se tornou vice-presidente dos EUA, e ninguém faz nenhuma investigação depois de um suicídio pra lá de suspeito? E nada me tira da cabeça que a morte de Abruzzi tem muito mais a ver do que obrigações contratuais de Peter Stormare do que com alguma preocupação com a história.

Já que falamos do Stormare, um cuidado maior na hora da segurar o elenco contratado não faria mal a ninguém. Estamos prestes a assistir a segunda (que na verdade é a terceira) interprete de Maricruz, namorada de Sucre. A atual foi pra The Nine. Mas se ela não é assim tão importante pra história, o mesmo não pode ser dito sobre a atual Presidente (Patrícia Wettig). Ela é a responsável pelo inferno em que a vida dos fugitivos se tornou, dammed. Tá, ela é personagem fixa em Brothers and Sisters, mas a Sally Field também é, e mesmo assim apareceu em ER. Com um pouquinho de boa vontade (leia-se: $$$) e tudo é possível.

Um dos spoilers mais divulgados da série diz que os fugitivos serão recapturados e voltarão ao presídio na terceira temporada. Já não era sem tempo.

Big Damm Movie!

Serenity (Joss Whedon; 2005)


Só pra não passar em branco, já que o filme não merece. O maior trunfo de Serenity - A Luta Pelo Amanhã foi mostrar todo o potencial que a série tinha, potencial esse que a FOX fez questão de jogar na lata do lixo. Whedon mostra que é capaz de fazer a transição da TV para o cinema - o plano-sequência que abre o filme é tecnicamente impecável - apesar da presença de alguns cacoetes televisivos (excesso de closes). Mais sombrio do que sua fonte, Serenity mostra que seu universo sci-fi western é divertido, mas também trágico.

10/25/2006

Alguns pensamentos sobre Heroes...


- A Claire é uma graça, não? Não vou falar mais porque a atriz ainda é di menor...

- A qualidade da série aumenta proporcionalmente à medida que os personagens começam a se cruzar (e aqui eles tem motivo pra isso, não é que nem naquela baboseira do Six Degrees). É criativa e logisticamente impossível mostrar decentemente 8 personagens - cada um deles com um sub-núcleo de mais 3 ou 4 pessoas - em apenas 40 minutos.

- Meu personagem preferido é o Hiro (alguém ousa discordar?). Mas o segundo melhor é Nathan Petrelli. Ele é cinzento. Apesar de ser um dos heróis, ele não parece muito inclinado à usar seus poderes pra ajudar os outros. E como não admirar um personagem que faz uma contra-proposta ao ser chantageado?

- O pintor também é massa. Pena que ele ainda não recebeu um material decente para trabalhar. Mas não deixa de ser curioso que, pra usar seus poderes, ele precise se drogar.

- Muito legal essa sacada de acabar todos os episódios com a combinação cliffhanger + to be continued.

- Todos concordamos que, mais cedo ou mais tarde, o filho da Ana Hickmann cover vai apresentar poderes, certo?

10/22/2006

Confraria dos Personagens Desgraçados (e Complexos)



O episódio dessa semana de Nip/Tuck possui uma das sequências mais cruéis da história da série. Depois de transar com Kimber, Christian diz que precisava daquilo pra se recuperar depois de receber um fora de sua outra amante.


Kimber: "Por que não foi comer uma das suas putas se precisava transar?"

Christian: "Putas só te dão o corpo. Precisava me sentir como o homem mais importante do mundo. E você é a única pessoa que pode fazer isso por mim."


E ainda teve Sean, se recusando à doar um rim para Liz e depois voltando atrás. E Dawn, hilária personagem de Rosie O'Donnell, que deve ganhar uma série própria, mesmo depois de aparecer em apenas dois episódios.

Ainda bem que toda aquela baboseira do Carver foi deixada pra trás.