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Get a Mafia Name!
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Atenção: o texto à seguir possui spoilers da segunda temporada de Prison Break, ainda inédita no Brasil. Se você não quer saber de nada antes de assistir, não leia!
Uma crítica recorrente feita à séries que apresentam uma mudança drástica em sua estrutura é “Ah, não gostei porque mudou...”. Sinto informar, mas isso não é argumento nem aqui nem na China. Quem disse que o programa é obrigado a manter a mesma sistemática por toda sua existência? Em princípio, sou a favor de mudanças, pois elas demonstram coragem por parte dos produtores e roteiristas que estão dispostos a experimentar novas fórmulas a favor da história. O caso clássico disso é Battlestar Galactica, que no final da segunda temporada, abandonou quase por completo as naves. Tudo em favor de uma reviravolta que, além de fazer muito sentido do ponto de vista narrativo, aproveita pra alfinetar a política externa do Tio Sam. O caso de Prison Break é mais delicado. A mudança de ares (no caso, representada pela fuga da prisão) foi conseqüência natural da história. Foi algo quase obrigatório. Uma dificuldade de última hora, além de ser frustrante para os espectadores, seria um autoplágio – o mesmo artifício havia sido usado em End of The Tunnel.
Porém, os roteiristas de Prison Break parecem não ter encontrado a dinâmica correta pra essa segunda temporada. A cada semana, somos presenteados com alguma reviravolta ou cliffhanger, cujo único objetivo é nos fazer exclamar um “Oh...”, mas que não fazem muito sentido à história. Por um lado, vale o esforço de não querer encerrar todos os episódios com os fugitivos sendo quase capturados pela polícia. Mas a ferramenta pra substituir a atmosfera ameaçadora de atrás das grades ainda não foi encontrada. Para tentar conferir mais tensão à série, eles estão ferrando com o desenvolvimento dos personagens. Que Burrows não ia ter cérebro suficiente pra perceber que a libertação de seu filho é uma armadilha do “sistema” não é nada surpreendente. Mas desde quando Scofield não perceberia isso? Ele não era um gênio? Outro caso é do Agente Mahone, interpretado pelo competente Wiliam Fichter. Ao invés de ser perturbado pelo seu passado, ele é...um lacaio do governo?! Putz!
E tem também as mortes. Veronica pode até ter merecido levar uma bala na cabeça (ela achou que ia invadir a casa do pivô de toda uma crise do governo e que conseguiria sair facilmente?). O pai da Dra. Sarah já é outra história. O cara era Governador do Estado, quase se tornou vice-presidente dos EUA, e ninguém faz nenhuma investigação depois de um suicídio pra lá de suspeito? E nada me tira da cabeça que a morte de Abruzzi tem muito mais a ver do que obrigações contratuais de Peter Stormare do que com alguma preocupação com a história.
Já que falamos do Stormare, um cuidado maior na hora da segurar o elenco contratado não faria mal a ninguém. Estamos prestes a assistir a segunda (que na verdade é a terceira) interprete de Maricruz, namorada de Sucre. A atual foi pra The Nine. Mas se ela não é assim tão importante pra história, o mesmo não pode ser dito sobre a atual Presidente (Patrícia Wettig). Ela é a responsável pelo inferno em que a vida dos fugitivos se tornou, dammed. Tá, ela é personagem fixa em Brothers and Sisters, mas a Sally Field também é, e mesmo assim apareceu em ER. Com um pouquinho de boa vontade (leia-se: $$$) e tudo é possível.
Um dos spoilers mais divulgados da série diz que os fugitivos serão recapturados e voltarão ao presídio na terceira temporada. Já não era sem tempo.
Postado por Juliano Cavalca às terça-feira, outubro 31, 2006
Firefly conta a história da nave-transporte Serenity e de sua tripulação, comandada pelo Capitão Malcolm "Mal" Reynolds (Nathan Fillon), uma espécie de Han Solo dos Anos 2000. A série se passa em um futuro distante, onde a galáxia é governada pela Aliança Sino-Americana (sempre que você não entender o que algum personagem está dizendo, é chinês). Mal foi soldado na guerra entre a Aliança e os Independentes – que não aceitavam o controle dela. Como derrotado, ele conduz sua nave pelos confins do universo, a fim de não encontrar o menor número de autoridades possível. O que é um pré-requisito para o tipo de serviço que ele faz, quase qualquer coisa, “até mesmo trabalho honesto”, nas palavras do próprio Capitão.
Os outros membros do elenco incluem um pastor de origem misteriosa (Ron Glass), um jovem médico que protege sua irmã esquizofrênica (Sean Maher e Summer Glau). Ambos são procurados pelo governo, por razões desconhecidas. O trio se une à tripulação no elenco. Os outros são: Zoe (Gina Torres), segunda em comando da nave (ela lutou ao lado de Mal na guerra); Wash (Alan Tudyk), piloto e marido de Zoe; Jayne (Adam Baldwin), um mercenário disposto á fazer qualquer negocio; Kaylee Frye (Jewel Staite), a mecânica mais fofa do universo e Inara Serram (Morena Baccarin, brasileira), uma acompanhante (espécie de gueixa do século XXVI).
A atmosfera da série é um misto de sci-fi com western. Acreditem, funciona muito bem. O maior trunfo da produção é que ela atira para todos os lados, e acerta quase sempre. Apesar de ter uma orientação muito mais voltada para a aventura, ela não tem medo de tratar de outros assuntos. O diálogo entre Jayne e Mal sobre estátuas, no final de Jaynestown pode ser muito bem colocado em pé de igualdade com os momentos mais políticos de Battlestar Galactica. Outro tema recorrente é o sexo. Em Our Mrs. Reynolds, onde Mal se casa por engano. O roteiro desse episódio é considerado por Joss Whedon como o melhor que ele já escreveu. E dá pra entender perfeitamente o porque. Não me lembro de ter assistido uma série de TV Aberta tratar de forma tão aberta o assunto. Só o fato de a FOX ter exibido o dito cujo é motivo de admiração. Em outra ocasião, vemos um dos personagens falar a palavra proibida (para mais informações, assistir o episódio The Contest, de Seinfeld). E em ainda outra oportunidade, vemos uma das companhias de Inara, uma mulher – e ainda somos presenteados com algumas cenas da intimidade entre as duas (tá, isso é só meu lado machista-tarado falando).
Outro tema recorrente é o amor. Em princípio, o amor entre os personagens (Zoe e Wash, Kaylee e Simon, Mal e Inara). Mas também há o amor deles para com a nave, naquele que é o melhor episódio da série. Em Out of Gas, nada menos que três linhas narrativas são usadas para mostrar o possível fim do “barco” (como Mal chama sua embarcação, no melhor estilo pirata). São usados ainda flashbacks que mostram como cada um dos tripulantes conheceu Serenity. Os melhores segmentos são os que mostram a introdução de Jayne, que estava assaltando Mal, quando o último ofereceu uma participação maior nos lucros do que seu antigo patrão – que acabou levando um tiro na perna; e de Kaylee, que é mostrada transando com o antigo mecânico da nave, em pleno horário de trabalho (“motores a deixam excitada”, ele diz).
The Message é o encerramento não-oficial da série, com Mal e Zoe tendo que transportar o corpo de um ex-companheiro de exército até seu planeta natal. A última cena é a narração da tal mensagem enquanto ele é desembarcado. Todos muito tristes (até o Whedon tá no meio do pessoal, numa cameo). Mas o final mesmo é em Objects of Space, onde um caçador de recompensas com tendências psicopatas invade a Serenity para levar River. Objects é o episódio mais psicológico e metafórico da série, além de contar com um trabalho de direção impecável de Whedon, que está se tornando um especialista em travelings.
Com o final abrupto, algumas pontas obviamente ficaram soltas (Qual a origem de Book? Qual o tal segredo de River? Porquê Mal e Inara só ficam no chove-não-molha?). Algumas delas foram respondidas em Serenity (aka Big Damn Movie), outras infelizmente não. O que é uma pena, já que Firefly era o projeto mais adulto e pretensioso (no bom sentido) de Joss Whedon.
On the next...post:
- Tudo que você queria saber sobre o Big Damn Movie (aka Serenity)!
Postado por Juliano Cavalca às sexta-feira, outubro 20, 2006
Década de 30. Surge uma nova droga nos EUA, a marijuana. Pouco tempo depois surge um filme com o objetivo de impedir o avanço da substância. Com o nome de Reefer Madness, ele conta a trágica história de um casal, que caiu em desgraça graças ao uso desregrado da erva. O exagero e o melodrama são usados como estratégias para apavorar os pais da época (o título alternativo era Tell Your Childrem!). Até hoje existe mistério sobre quem patrocinou o filme. Uns dizem que foi a Igreja. Já outros atribuem o título ao magnata do jornalismo William Randolph Hearst (aka Cidadão Kane).
Como era de se esperar, a produção caiu no esquecimento. Na década de 70, o filme foi redescoberto e passou a ser exibido nas famosas sessões da meia-noite, espaço dedicado à filmes cult e/ou camp. (naquela época, o exagero da propaganda anti-maconha de Reefer já saltava aos olhos).
Chegando aos dias de hoje: uma versão teatral do filme fez sucesso na off-Broadway. A peça, um musical, faz piada em cima do absurdo de sua fonte. Com o sucesso, uma versão em forma de filme era questão de tempo. Ela saiu do papel e foi ao ar pelo Showtime (que também é a emissora de Huff e Weeds, o que garante o título informal de canal mais chapado dos EUA) em 2005.
Assim como o original, o filme é sobre a trágica história de Jimmy Harper e Mary. Aproveitando-se do material, o musical investe pesado na ironia, como na seqüência em que o narrador do filme (Alan Cumming) discute com um pai preocupado (a trama do casal é um filme-dentro-do-filme) sobre como a “Maconha é a droga mais perigosa de todas! Mais até do que a heroína!”. Ou as diversas ocasiões em que William Hearst é citado (“Os dados foram obtidos através de fontes confiáveis: os jornais do Sr. Hearst!”). Diversos personagens, incluindo o presidente Franklin Roosevelt (Cumming, novamente) aparecem fumando cigarros comuns, como se não fosse nada demais.
Todas as atuações devem ser colocadas dentro do contexto do filme. Caricatas e exageradas. Christian Campbell interpreta Jim Harper da forma mais sonhadora possível. Já Kristen Bell vive uma personagem que é quase uma antítese de sua Veronica Mars: ingênua e fútil. O filme ainda contém outros personagens como o traficante de Steven Weber ou o junkie (divertidíssimo) de John Kassir. O filme ainda tem a presença de Jesus. Mas não vou falar demais senão estraga a surpresa de quem ainda não assistiu...
As músicas são, em sua maioria, deliciosas. Por falar nisso, alguém sabia que Kristen Bell tem um Emmy? Na verdade é um prêmio de melhor canção, cujo premiado é o compositor da canção (“Mary Jane/Mary Lane”). Mas é ela que canta no filme. Ou seja, não custa sonhar, né?
A direção de Andy Fickman (que também dirigiu a peça) é correta. Seu momento de maior criatividade é o número inicial, que simula um filme de zumbis. Mas o trabalho de Fickman peca num ponto fundamental: ele não faz questão nenhuma de esconder qual é a origem do filme. A câmera está sempre na platéia, ao invés de passear pelo cenário (comparem com Moulin Rouge e verão a difirença).
Apesar de acabar um pouco depois do que deveria (toda àquela seqüência de redenção de certos personagens deve funcionar muito melhor no teatro do que aqui), Reefer Madness funciona muito bem como sátira e como musical. Ah, a voz de Kristen Bell...
Postado por Juliano Cavalca às sexta-feira, outubro 13, 2006
Marcadores: criticas, mulheres lindas
Postado por Juliano Cavalca às quarta-feira, outubro 11, 2006
Marcadores: earl, heroes, rapid, smallville, veronica mars
01. Studio 60 On The Sunset Strip (Pilot)
02. House (Meaning)
03. The Office (Gay Witch Hunt)
04. Battlestar Galactica (Occupation/Precipice)
05. Dexter (Dexter)
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09. Veronica Mars (Welcome Wagon)
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Postado por Juliano Cavalca às sexta-feira, outubro 06, 2006
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Postado por Juliano Cavalca às sexta-feira, outubro 06, 2006
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Postado por Juliano Cavalca às domingo, outubro 01, 2006
Marcadores: novos pilotos, six degrees